Hyundai HB |
Primeiro foi a Toyota que ficou para trás. Depois, nas vendas de abril, foi a vez da Hyundai ultrapassar a Honda no mercado brasileiro. Ao contrário da sétima posição roubada da Toyota no acumulado dos emplacamentos de 2010, porém, o triunfo sobre a Honda aconteceu por apenas um mês. Mas já serve de aviso: os coreanos estão com o Brasil na mira. A marca planeja um pacotão de novidades para os próximos anos. E Autoesporte antecipa tudo para você. Qualidade é uma palavra repetida à exaustão pelos executivos da Hyundai coreana. É o que eles perseguem em cada detalhe, seja no desenvolvimento de produto ou nos processos de gestão. É também o que permeia cada decisão sobre o projeto HB, nome código do hatch que começa a ser produzido em Piracicaba (SP) em 2012, para o mercado nacional e sul-americano. Um carro que você vai conhecer melhor agora.
Para começar, o centro de pesquisa e desenvolvimento da empresa próximo a Seul, na Coreia do Sul, levou de navio algumas unidades do VW Gol, Fiat Palio, Renault Sandero, Peugeot 207 e Honda Fit. Os carros feitos no Brasil estão sendo “dissecados” em estudos, e usados como referência para o desenvolvimento do HB. A meta dos coreanos é ambiciosa, como tudo que eles têm se disposto a fazer nos últimos anos: oferecer um compacto com a qualidade do Fit a preço de Gol. Os primeiros resultados apareceram no conceito ix-Metro, mostrado no Salão de Frankfurt de 2009. Na ocasião, a Hyundai limitou-se a dizer que o modelo indicava um caminho de design a ser seguido pela linha de compactos da marca, e dava ênfase à motorização híbrida do protótipo. Não era só isso: nascia ali o HB.
Meses depois, em janeiro deste ano, um executivo da Hyundai brasileira foi chamado às pressas para uma reunião a portas fechadas em Seul. Na sala de protótipos, um modelo em clay (maquete de argila e plástico) do HB foi apresentado. Além do executivo, a Hyundai levou consumidores brasileiros para conhecer e opinar sobre o carro. À primeira vista, o HB espanta pela modernidade. “Nunca vi um carro desse segmento com design tão arrojado”, contou o executivo. Outra fonte que esteve na clínica de clientes garante que pouca coisa muda do ix-Metro para o modelo final do HB, como revelam nossas projeções. “Lembra um ix35 em escala reduzida.” Isso por causa da grade hexagonal e dos faróis espichados para cima, além das lanternas esticadas que invadem as laterais. Uma das atrações do ix-Metro, porém, vai ficar só no conceito: as portas traseiras suicidas, que abrem ao contrário. O HB tem portas com abertura comum, embora com recortes ousados. Aliás, o hatch é marcado por linhas recortadas e vincos em toda a carroceria.
Tomando como base os 3,93 m de comprimento do ix-Metro, o HB deverá ter o porte do Gol (3,89 m). Mas o teto elevado deverá garantir bom espaço para os passageiros, mesmo no banco de trás. O porta-malas ficará na média da categoria, algo próximo dos 300 litros. Por dentro, o hatch seguirá as linhas dos mais recentes modelos da empresa, como o ix35. Ou seja, espere um console em formato de “Y”, com saídas de ar no alto (verticais), sistema de som no meio e botões da ventilação mais abaixo. Apesar do ambiente simples da cabine, o volante de três raios poderá vir com comandos do som, nas versões mais caras. A iluminação dos instrumentos, também seguindo a atual configuração da Hyundai, deverá ser azulada.
Além do visual (externo e interno), o HB deverá se diferenciar pela qualidade de montagem. Nos testes com os rivais brasileiros, a Hyundai constatou diversos defeitos de produção. No meio de Gol, Palio, Sandero e 207, o Honda Fit foi obviamente escolhido como referência. Apesar disso, o HB vem para brigar com os chamados populares. “A versão básica custará cerca de R$ 30 mil”, confidenciou à Autoesporte o executivo brasileiro. Outro ponto criticado pelos engenheiros coreanos foi o comportamento dinâmico dos concorrentes. Nesse aspecto, porém, a Hyundai terá de tomar o cuidado de não enrijecer demais a suspensão do HB a ponto de sacrificar o conforto em nossos pisos maltratados. É sabido que o brasileiro não gosta de carro que “bate” nos buracos, ainda que perca um pouco de estabilidade nas curvas. Nos últimos modelos da marca testados pela Autoesporte, o i30 e o ix35, ficou claro o favorecimento da dinâmica em detrimento da maciez de rodagem.
O HB fará sua estreia mundial no Brasil. A linha de montagem de Piracicaba deve estar pronta em abril de 2012 (mês previsto para o lançamento do hatch) para dar conta da produção que deve superar 100 mil unidades/ano. Haverá duas versões logo de cara: uma mais simples, com motor 1.0 e maçanetas e retrovisores pretos; e uma mais sofisticada, com propulsor 1.6 16V e maçanetas cromadas, além dos retrovisores na cor da carroceria com piscas embutidos na peça. Os motores serão flex, com opção de câmbio manual ou automático (e não automatizado, como no Gol e Palio).
Seguindo o exemplo de outras montadoras que começaram a atuar nos últimos anos no Brasil, a Hyundai deve inicialmente trazer o motor e a transmissão da Coreia, para produzi-los localmente em uma segunda etapa. Mais tarde, o hatch vai gerar família. Como antecipamos na edição de fevereiro, a Hyundai planeja uma variação sedã do HB para brigar com Voyage e Siena, sem contar uma versão aventureira para desafiar o VW CrossFox. Especulações dão conta de que esse modelo poderá até ter estepe na tampa traseira, além da suspensão elevada e do visual mais “parrudo”. Um sinal de que a Hyundai está mesmo preocupada em agradar ao público brasileiro.
Para começar, o centro de pesquisa e desenvolvimento da empresa próximo a Seul, na Coreia do Sul, levou de navio algumas unidades do VW Gol, Fiat Palio, Renault Sandero, Peugeot 207 e Honda Fit. Os carros feitos no Brasil estão sendo “dissecados” em estudos, e usados como referência para o desenvolvimento do HB. A meta dos coreanos é ambiciosa, como tudo que eles têm se disposto a fazer nos últimos anos: oferecer um compacto com a qualidade do Fit a preço de Gol. Os primeiros resultados apareceram no conceito ix-Metro, mostrado no Salão de Frankfurt de 2009. Na ocasião, a Hyundai limitou-se a dizer que o modelo indicava um caminho de design a ser seguido pela linha de compactos da marca, e dava ênfase à motorização híbrida do protótipo. Não era só isso: nascia ali o HB.
Meses depois, em janeiro deste ano, um executivo da Hyundai brasileira foi chamado às pressas para uma reunião a portas fechadas em Seul. Na sala de protótipos, um modelo em clay (maquete de argila e plástico) do HB foi apresentado. Além do executivo, a Hyundai levou consumidores brasileiros para conhecer e opinar sobre o carro. À primeira vista, o HB espanta pela modernidade. “Nunca vi um carro desse segmento com design tão arrojado”, contou o executivo. Outra fonte que esteve na clínica de clientes garante que pouca coisa muda do ix-Metro para o modelo final do HB, como revelam nossas projeções. “Lembra um ix35 em escala reduzida.” Isso por causa da grade hexagonal e dos faróis espichados para cima, além das lanternas esticadas que invadem as laterais. Uma das atrações do ix-Metro, porém, vai ficar só no conceito: as portas traseiras suicidas, que abrem ao contrário. O HB tem portas com abertura comum, embora com recortes ousados. Aliás, o hatch é marcado por linhas recortadas e vincos em toda a carroceria.
Tomando como base os 3,93 m de comprimento do ix-Metro, o HB deverá ter o porte do Gol (3,89 m). Mas o teto elevado deverá garantir bom espaço para os passageiros, mesmo no banco de trás. O porta-malas ficará na média da categoria, algo próximo dos 300 litros. Por dentro, o hatch seguirá as linhas dos mais recentes modelos da empresa, como o ix35. Ou seja, espere um console em formato de “Y”, com saídas de ar no alto (verticais), sistema de som no meio e botões da ventilação mais abaixo. Apesar do ambiente simples da cabine, o volante de três raios poderá vir com comandos do som, nas versões mais caras. A iluminação dos instrumentos, também seguindo a atual configuração da Hyundai, deverá ser azulada.
Além do visual (externo e interno), o HB deverá se diferenciar pela qualidade de montagem. Nos testes com os rivais brasileiros, a Hyundai constatou diversos defeitos de produção. No meio de Gol, Palio, Sandero e 207, o Honda Fit foi obviamente escolhido como referência. Apesar disso, o HB vem para brigar com os chamados populares. “A versão básica custará cerca de R$ 30 mil”, confidenciou à Autoesporte o executivo brasileiro. Outro ponto criticado pelos engenheiros coreanos foi o comportamento dinâmico dos concorrentes. Nesse aspecto, porém, a Hyundai terá de tomar o cuidado de não enrijecer demais a suspensão do HB a ponto de sacrificar o conforto em nossos pisos maltratados. É sabido que o brasileiro não gosta de carro que “bate” nos buracos, ainda que perca um pouco de estabilidade nas curvas. Nos últimos modelos da marca testados pela Autoesporte, o i30 e o ix35, ficou claro o favorecimento da dinâmica em detrimento da maciez de rodagem.
O HB fará sua estreia mundial no Brasil. A linha de montagem de Piracicaba deve estar pronta em abril de 2012 (mês previsto para o lançamento do hatch) para dar conta da produção que deve superar 100 mil unidades/ano. Haverá duas versões logo de cara: uma mais simples, com motor 1.0 e maçanetas e retrovisores pretos; e uma mais sofisticada, com propulsor 1.6 16V e maçanetas cromadas, além dos retrovisores na cor da carroceria com piscas embutidos na peça. Os motores serão flex, com opção de câmbio manual ou automático (e não automatizado, como no Gol e Palio).
Seguindo o exemplo de outras montadoras que começaram a atuar nos últimos anos no Brasil, a Hyundai deve inicialmente trazer o motor e a transmissão da Coreia, para produzi-los localmente em uma segunda etapa. Mais tarde, o hatch vai gerar família. Como antecipamos na edição de fevereiro, a Hyundai planeja uma variação sedã do HB para brigar com Voyage e Siena, sem contar uma versão aventureira para desafiar o VW CrossFox. Especulações dão conta de que esse modelo poderá até ter estepe na tampa traseira, além da suspensão elevada e do visual mais “parrudo”. Um sinal de que a Hyundai está mesmo preocupada em agradar ao público brasileiro.
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